quinta-feira, 27 de abril de 2017

Tazria/Metsorá - Brit Milá: por que no oitavo dia?


Logo no primeiro passuk da Parashá dessa semana temos a Mitsvá do Brit Milá. Diz o passuk: “E no oitavo dia deverá ser feito o brit milá”. Todos conhecemos essa famosa Mitsvá, mas nunca paramos para pensar: por que será que o brit deve ser feito justamente no oitavo dia após o nascimento da criança?
Explica o Or Hachaim (1696-1743, Israel) baseado no Zohar que após oito dias, a criança recém-nascida já possui força o suficiente para aguentar os efeitos dessa Mitsvá. Isso, na verdade, não é nenhuma questão cientifica. Afinal, se fosse, o brit poderia ser realizado no nono ou decimo dia. Ou até mesmo no sétimo, caso o bebê já se encontrasse saudável o suficiente. O motivo real é que oito dias é o período mínimo para que um bebê nascido em qualquer dia da semana tenha passado um shabat completo vivido. O shabat dá uma força a mais para o bebê e é capaz de fortifica-lo fisicamente.

Já o Maharal de Praga (1520-1609) explica diferente, baseado na questão numérica. Segundo a Cabalá, sete é o número da natureza: os dias da semana são sete, o mundo foi criado em sete dias, e o período do ciclo do cultivo da terra, conhecido como Shmita, também é de sete anos. Já o número oito é acima da natureza. Por exemplo, um oito deitado é o símbolo do infinito, até mesmo na matemática! As próprias palavras “shvii” (sete) e “shmini”(oito) em hebraico remetem à essa ideia, que é muito desenvolvida na literatura numerológica judaica. Sendo assim, o brit, que é algo acima da natureza, quando corta-se a “orla” (prepúcio) do corpo do bebê, deve ser realizado no oitavo dia.
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