sábado, 24 de dezembro de 2016

Resumão de Chanuka: história, leis e costumes



A festa de Chanuka inicia-se hoje (sábado à noite) e tem a duração de 8 dias completos.  A principal Mistvá dessa festa é o acendimento das velas da Chanukia, que fazemos todas as noites, para propagar os milagres que aconteceram com o povo judeu. Confira nesse post as principais informações sobre Chanuka:

História

No século 2 A.E., na época do segundo Beit Hamikdash, o rei grego helenista, Antiochus, passou a pressionar o povo judeu, não lhes permitindo cumprir seus principais preceitos. Seu objetivo era assimilar completamente Am Israel à cultura grega. Porém, um pequeno grupo de judeus não aceitou essa imposição passivamente, e resolveu lutar. Liderados por Matitiahu e seu filho Yehuda, da família dos Maccabim, esses poucos corajosos se revoltaram contra o regime de Antiochus. O rei enviou milhares de soldados fortemente armados a fim de conter a rebelião, porém, milagrosamente, os Maccabim venceram e retomaram o controle. A batalha durou por volta de três anos.

Após o fim da guerra, porém, nem tudo estava resolvido. Os judeus encontraram o Templo repleto de estátuas, completamente revirado. Após limpar todo o local, os serviços começaram a ser retomados. Contudo, na hora de acender a Menorá, não conseguiam achar um pote de óleo propício para tal ato (o óleo deveria ser produzido segundo as leis e estar lacrado, para poder ser utilizado no serviço do Beit Hamikdash). Após muita procura, foi encontrado um único pote de óleo, com quantidade suficiente para durar apenas um dia. Mesmo assim, acenderam a Menorá, e mais um milagre aconteceu: o óleo acabou durando 8 dias, o suficiente para se produzir uma nova leva.

Para comemorar principalmente esses dois grandes milagres, os judeus comemoram anualmente, desde aquela época, a festa de Chanuka, por oito dias. A comemoração se dá no dia 25 do mês de Kislev, que foi o dia que o Beit Hamikdash foi reinaugurado. Este, inclusive, é o motivo pelo qual a festa se chama Chanuka, que, em hebraico, significa inauguração.


Acendimento das Velas


  • Os Ashkenazim costumam acender uma Chanukia por cada homem da casa. Os Sefaradim costumam acender uma para a casa toda.
  • A cada dia acrescenta-se uma vela. Ou seja, no primeiro dia, acendemos uma vela, no segundo duas, e assim sucessivamente. Acende-se da direita para a esquerda.
  • Além da quantidade de velas que acendemos conforme o dia, colocamos na Chanukia mais uma vela, denominada Shamash, separada das demais. Fazemos isso pois não se pode ter nenhum proveito das velas da Chanukia, então, caso aconteça de a pessoa precisar reacender alguma vela, ou precisar da luz da Chanukia, o Shamash servirá para isso.
  • Muitos costumam acender com óleo e um pavio de algodão. Há aqueles que acendem com velas, preferivelmente de cera. Porém, velas de parafina também são permitidas.
  • Horário: deve-se acender logo após o anoitecer. Porém, já é permitido acender a partir do por do Sol, mas as velas precisam continuar acesas por meia hora após o anoitecer.
  • Local: a Chanukia deve ser acesa do lado esquerdo da porta de entrada da casa, opostamente à Mezuza, que fica do lado direito. O objetivo é estar rodeado de Mitsvot. Há aqueles também que costumam acender na janela.
  • Brachot: No primeiro dia, fazemos três Brachot, na seguinte ordem:
    • Lehadlik ner Chanuka.
    • Sheassá Nissim.
    • Shehecheianu.
  • Nos demais dias, recita-se apenas as duas primeiras bençãos.
  • Depois de acender, costuma-se recitar o trecho de "Hanerot Halalu" e "Maoz Tsur".

Outros Costumes da Festa

  • Recita-se o Halel todos os dias na reza de Shacharit.
  • A Torá é lida todos os dias. Lê-se a passagem que trata da inauguração do Mishkan, em Parashat Nassó.
  • Recita-se o trecho de "Al Hanissim" em todas as rezas da Amidá, após o Modim.
  • Costuma-se dar "Chanuka Guelt", um presente em dinheiro simbólico para as crianças.
  • As crianças brincam com o sevivon.
  • Prepara-se comidas oleosas, como Latkes, e costuma-se também comer Sufganiot (sonhos).

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