quinta-feira, 31 de março de 2016

Shmini - As leis de Kashrut e Dilma Rousseff

Em meio à grave crise brasileira, é inevitável analisar a capacidade da atual presidente do país, Dilma Rousseff. Muitos afirmam que ela não possui as qualidades necessárias para ser a líder de uma nação. Comandar um país envolve muitas tomadas de decisão complicadas e importantes, sobre as quais, a ultima palavra pertence ao presidente. E Dilma parece não estar às alturas do que exige sua posição. Seus discursos constantemente expressam suas ideias confusas, sua dificuldade de expressão, que já gerou inúmeras piadas e jargões atualmente citados pelo povo brasileiro. A situação do país também sugere que este está sendo muito mal gerido: uma profunda crise econômica e política fere o Brasil a cada dia. Não é qualquer pessoa que possui as características necessárias para ser diariamente responsável por decisões que afetem milhões de pessoas. E Dilma, cada dia que passa, prova não ser uma delas.
Na Parashá dessa semana, encontramos as definições de quais são as características dos animais que podemos comer, e quais são proibidos. Muitas das leis da Kashrut, a alimentação especial judaica, têm origem na porção dessa semana. Após numerosos detalhes sobre os animais permitidos e proibidos, com nomes e características, a Torá encerra o assunto (e a Parashá) com o seguinte passuk: “para diferenciar entre o que é impuro e o que é puro, entre os animais que devem ser ingeridos, e aqueles que não se deve ingerir” (Shmini 11,47). O que esse versículo vem nos ensinar? A Torá já mencionou as diferenças entre o que pode e o que não pode! Porque precisamos de mais um passuk falando que devemos diferenciar entre o que é permitido e proibido?
Explica Rashi no local que além dos famosos detalhes claramente citados pelos psukim, existem outros fatores que influenciam a kashrut de um animal, e que não são tão claros. Por exemplo, os animais devem ser abatidos de uma maneira bem especifica, muito minuciosa, e até mesmo uma pequena mudança já é suficiente para este não ser mais kasher. Além disso, os animais, para serem kasher, não podem possuir certos defeitos físicos. Então, a Torá acrescenta este ultimo passuk para nos mostrar que é preciso ser muito cuidadoso quando o assunto é kashrut, e relevar até mesmo os menores detalhes.
A pessoa responsável por garantir se um animal é kasher ou não precisa ser muito competente e apta para a função, que é bem complicada. Em algumas situações, saber se um animal é permitido, é muito fácil. O casco fendido e a ruminação respondem com muita clareza a pergunta. Mas há outras vezes em que não é tão simples assim tomar numa decisão. O animal possui algum defeito que lhe desqualifique? O animal foi abatido exatamente da maneira descrita pela Torá? A resposta não é tão clara. Para responder corretamente questões como essas, muita ponderação e análise se fazem necessárias. Não adianta saber que um animal possui casco fendido, se não se conseguir identificar outros detalhes que influenciem em sua kashrut.
Essa lição se aplica a todas as situações que envolvem responsabilidade e prestação de contas. Quando se trata de um líder, responsável por tomar decisões que influenciem diretamente outras pessoas, é preciso muita capacidade para tomar as decisões corretas. Às vezes, não há duvida de como se deve agir. É muito óbvio, as opções são muito claras. Mas nem sempre é assim. Frequentemente, um líder se depara com questões muito complexas, de extrema importância, essenciais à sua nação. Um líder se encontra constantemente em posições complicadas, quando deve tomar decisões difíceis, sem saber exatamente qual é a melhor solução. O que fazer? Nos diz a Torá: é preciso estar preparado para enfrentar essas ocasiões. Pois os momentos difíceis são os momentos decisivos. Um comandante deve ter a capacidade de analisar, pensar friamente, ponderar as opções, para então tomar a decisão correta, que melhor atende às necessidades de seu povo.
Percebe-se de tudo o que Dilma já fez até agora e da maneira como se comporta, que ela está longe de possuir as qualificações necessárias para liderar um país. E quem paga o preço de ter um comandante inoperante é o povo.


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