Na
Parashá dessa semana encontramos a descrição da construção do Mishkan, assim
como detalhes sobre os seus utensílios. A principio, esta passagem pode parecer
meramente descritiva, um pouco seca. Porém, é interessante analisar a forma
como a Torá descreve cada utensílio; as palavras usadas. Muito se pode aprender
através de comparações, notando diferenças nas formulações dos Psukim ou nas características
de cada utensílio.
Peguemos
o Aron como exemplo. Os grandes utensílios do Mishkan possuiam cabos de ouro,
denominados “Badim”, pelos quais eram carregados nos momentos em que o povo
viajava pelo deserto. Com o Aron, não era diferente. Porém, um detalhe nos
chama a atenção. Quando o povo estava “estacionado” em certa região e,
portanto, realizando os serviços no Mishkan, esses cabos dos utensílios eram
retirados, e voltavam a ser colocados na próxima viagem. Porém, com o Aron,
isso não acontecia. Diz o Passuk: “os Badim do Aron estarão fixos nos anéis (de
suporte), nunca serão retirados” (Shmot 25-15). Por que não era permitido
retirar esses cabos do Aron?

Justamente
por isso os “Badim” nunca poderiam ser retirados dos anéis que os suportavam, e
precisavam ser mantidos constantemente junto ao Aron. Aqueles que doam e mantém
os estudantes ou professores de Torá, assim como instituições que promovem o
seu estudo, sempre serão considerados parte integrante e imprescindível da
mesma. É através de seus recursos que a Torá é carregada.
O
estudo da Torá e o desenvolvimento do judaísmo só se tornam possíveis se existirem
fundos que os viabilizem. Cada um dentro de suas possibilidades deve reservar
uma parte de suas doações para instituições de estudo da Torá. E pode ter
certeza que, assim como os “Badim”, os méritos do Talmud Torá sempre estarão ao
seu lado.
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