Em
1996, a revista americana “New York Magazine” fez uma matéria de capa que
relatava a elevação do número de judeus ortodoxos em Nova Iorque e nos Estados
Unidos. A matéria trouxe dados que comprovavam tal fato, como por exemplo, o
rigoroso aumento de sinagogas ortodoxas no país (1,800 na época), e o número de
judeus ortodoxos, 500 mil, número esse que havia dobrado em 15 anos. Através do
processo de “Kiruv”, palavra em hebraico que significa “aproximação”, muitos
judeus foram introduzidos às práticas judaicas, e passaram a aplica-las em suas
vidas, processo denominado “Teshuvá”. Se engana quem pensa que apenas “loucos” seriam
protagonistas de tal mudança. Muitos são os motivos que explicam o fato de um
grande número de judeus começarem a cumprir, gradualmente, os preceitos
judaicos.
A
reza do “Shemá Israel”, que lemos diariamente, está na Torá e é dividida em três
partes, cada uma situada numa Parashá diferente. Na Parashá dessa semana
encontramos o primeiro capitulo, desde “Shemá Israel”, até “Uvisharechá”. Sobre
um dos primeiros trechos deste capitulo, há uma pergunta muito famosa. Diz a
Torá: “E amarás Hashem o seu D’us com todo o seu coração”. Isso é um mandamento,
uma Mitsvá. Como, porém, a Torá pode exigir de nós algo que não depende de ações,
mas sim de sentimentos? Estamos aqui falando de um amor verdadeiro, que vem do coração!
Como podemos controlar isso?
Explica
o Sfat Emet (1847-1905, Polônia) que todo judeu possui em sua alma o potencial
de amar a D’us. Existe uma força que nasce com cada alma judia e que está propensa
a amar Hashem. Em certos casos, essa força se encontra adormecida. Porém, o
potencial existente que pode faze-la ressurgir é muito forte. Uma alma judaica
anseia em se aproximar mais de Hashem e do judaísmo.
O
que o passuk de nossa Parashá nos pede é para realizarmos atos, mesmo que
pequenos, que nos coloquem mais próximos de Hashem. É assim que se começa. Ao praticarmos
bondades, cumprirmos Mitsvot e, gradualmente, um passo atrás do outro, acrescentarmos
algo judaico em nossa rotina, acordamos aquela força de nossa alma, e passamos
a amar mais Hashem. Essa é a maneira como devemos cumprir a Mitsvá de Veahavta
que é lida todos os dias no Shemá, e, portanto, deve ser muito importante.
Este
pode ser um dos motivos que explicam por que uma pessoa faria Teshuvá. Ao ser
introduzida a algumas práticas judaicas através de um amigo, familiar ou rabino,
e ao passar a cumprir algumas Mitsvot, a alma judaica da pessoa se manifesta, ansiando
por mais. Aos poucos, consequentemente, a Mitsvá de amar Hashem acaba sendo
concretizada.
Em tempo, cada Parashá possui outros Dvar Torá. Você pode encontrá-los através das tags no site, ou através da ferramenta de busca.
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