Nessa sexta-feira leremos a única Parashá dos cinco livros da Torá que não é
lida no shabat. Todas as
outras Parshiot são divididas nos 52 shabatot (em média) que temos no ano.
Vezot Habrachá, por outro lado, é sempre lida na festa de Simchat Torá, que comemora justamente a finalização do ciclo
dos cinco livros da Torá.
Nessa Parashá encontramos um famoso passuk, que inclusive faz parte
dos 12 psukim que o Rebe instituiu para as crianças saberem de cor: “Torá Tsiva Lanu Moshe Morasha Kehilat Yaakov”. A
tradução literal para esse passuk é que Moshe nos ordenou (ensinou) a Torá, e a deu como uma herança para Bnei Israel.
Existe porém um outro jeito muito interessante de entender esse
passuk, explicado pelo comentarista Ktav Sofer (1815-1872, Hungria). Existem
613 Mitsvot na Tora. Todos
sabemos, porém, que é impossível para uma só pessoa cumprir todas elas. Há
muitas mitsvot que só eram cumpridas na época do templo, há mitsvot que só
homens podem cumprir, outras que são apenas para kohanim, ou para o rei, etc.
Mas existe uma maneira de ser considerado que cumprimos todas essas
mitsvot: se o povo estiver unido, respeitando um ao outro, as pessoas são
consideradas um só corpo, e cada vez
que uma pessoa cumpre uma mitsva
é como se todo o povo tivesse cumprido.
Isso aprendemos exatamente do passuk citado acima. O valor numérico da
palavra Torá é 611. Diz o passuk: a Tora que Moshe
nos ensinou, todas as 611 mitsvot que moshe nos ordenou (as duas primeiras
mitsvot dos 10 mandamentos ouvimos diretamente de Hashem; as outras 611 ouvimos
de Moshe) serão consideradas uma “Morasha”, uma herança para cada um, se o povo
estiver no status de “Kehilat Yaakov”, uma congregação, comportando-se com união.
Nenhum comentário:
Postar um comentário