O Lado Positivo de Todos
Na Parashá dessa semana, encontramos o famoso passuk que diz “Veahavta
Lereacha Kamocha”, você deve amar o próximo como a ti mesmo. É famoso o dito de
Rabi Akiva que esta é a principal regra da Torá. Sempre
quando ouvimos isso, nos perguntamos como podemos gostar de todas as pessoas?
Isso parece ir contra a natureza humana! Existem pessoas que não “vamos muito
com a cara”. Ainda mais, temos de amar o próximo como amamos a nos mesmos? Como
devemos fazer isso, se possível?
Rabino Issachar Frand traz uma bonita ideia para responder a essas
perguntas. Primeiramente, falemos um pouco de Rabi Akiva. Sempre visto como um
grande otimista, este grande erudito ficou famoso por sempre encontrar o lado
positivo das coisas. Justamente na época em que nos encontramos, Rabi Akiva perdeu
24.000 alunos, numa das maiores pragas que já atingiram o povo judeu. Quase
todos os seus discípulos desapareceram em um piscar de olhos. Como Rabi Akiva
deveria ter reagido à isso? Qualquer pessoa iria desistir, entrar em depressão.
Ele deveria ter ido para seu canto e pensado: “eu tentei criar meus alunos,
porém perdi a todos! O que mais posso fazer agora?” À principio, ele deveria
ter se aposentado, continuando a estudar sozinho. Porém, apesar de todas as
adversidades e tristezas, ele juntou cinco alunos (que já eram grandes sábios),
os ensinou Torá, e foram
eles que reestabeleceram a Torá e a
fortificaram em Am Israel. Rabi Akiva se recusava em desistir. Enquanto ele
ainda tivesse forças, ainda havia o que fazer, mais alunos para ensinar.
Rabi Akiva viveu durante o tempo da destruição do segundo templo. No
final da Guemará de Makot, na parte que é lida quando se faz o syum (término)
desse tratado, temos a seguinte história: quando o Beit Hamikdash estava
queimando, sendo destruído, se aproximaram alguns sábios e começaram a chorar.
Ao mesmo tempo, Rabi Akiva estava presente, e começou a rir. Os outros sábios
não entenderam e lhe perguntaram: “por que você esta rindo?” E Rabi Akiva os
perguntou: “por que vocês estão chorando?” Eles responderam obviamente que estavam
chorando por que o Beit Hamikdash estava sendo destruído! Havia até uma raposa
andando em um dos lugares mais santos do templo, onde apenas kohanim podiam
entrar. Quam não choraria em um momento desses? Rir não fazia o menor sentido! Rabi
Akiva lhes respondeu: “é exatamente por isso que estou rindo. Estou rindo
porque vejo que uma vez que a profecia da destruição do segundo templo foi
cumprida tão à risca, agora tenho certeza que a profecia da construção do
terceiro templo também irá ser realizada”.
Todos já ouviram a famosa piada que o argentino é pior que uma pilha
pois ele não possui um lado positivo. Rabi Akiva sempre via o positivo, mesmo
nos piores momentos. Até mesmo um argentino para Rabi Akiva, teria seu lado positivo.
Por isso, Rabi Akiva podia entender como a Torá nos ordena
amar a todos os judeus. Porque todos possuem uma qualidade positiva, um
atributo positivo. Todos têm algo de bom. A única maneira para amarmos a todos
os judeus é se fizermos isso como amamos a nós mesmos. Amamos a nós mesmos,
porque consideramos principalmente nossos atributos positivos. Ninguém foca
apenas em seu lado negativo. Temos que usar a mesma ideia quando julgamos as
outras pessoas também. Esse é o trabalho que temos de fazer nesses dias de
Sefirat Haomer, revolucionar a forma como olhamos para o outro. Tentar
considerar suas qualidades, em detrimento de seus pontos negativos.
OBS: Já que o Dvar Torá foi adicionado sexta feira de manhã e o meai automático demora para chegar, pode ser que ele chegue já no shabat...
OBS: Já que o Dvar Torá foi adicionado sexta feira de manhã e o meai automático demora para chegar, pode ser que ele chegue já no shabat...
OBS: Já que o Dvar Torá foi adicionado sexta feira de manhã e o eMAIL(?) automático demora para chegar, pode ser que ele chegue já no shabat...
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