quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Shoftim - Táticas de guerra ou algo mais?


            No dia 4 de Março de 1941, os ingleses organizaram um ataque contra Lofoten, um arquipélago localizado na Noruega, que estava sob domínio alemão. O diferencial desta missão, denominada “Operação Claymore”, era que seu objetivo não era conquistar o local, mas sim acabar com os bens materiais que lá se situavam, e eram utilizados pelo exército alemão. Uma estratégia militar denominada “raide”.
A Parashá dessa semana descreve algumas leis referentes às guerras que Am Israel enfrentaria ao entrar em Israel. Talvez a mais interessante delas é o seguinte passuk: “Quando você cercar uma cidade por vários dias para guerrear contra ela e captura-la, não destrua as suas árvores...pois destas você irá comer” (Shoftim 20,19). A Torá diz para manter as árvores intactas durante a guerra, pois o povo as usaria como alimento após a guerra ter terminado. Qual o objetivo desta lei? Será que Hashem está ensinando táticas de guerra?
            Explica o Sforno (1475-1550, Itália) que na verdade este passuk não é apenas uma lei relacionada à guerra, mas sim uma promessa. Um exército quando quer conquistar uma cidade e não tem certeza de que isso será possível, destrói a maior parte de seus bens materiais, para, pelo menos, causar o maior prejuízo possível, principalmente ao exército que está defendendo o local, mas também aos moradores da cidade. Porém, em nosso caso, nas guerras de conquista de Israel, Hashem garantiu a Am Israel que não haveria qualquer chance de derrota. Por isso a Torá ordenou que o povo judeu não destruísse nenhuma das árvores da cidade, pois estas serviriam como alimento na iminente e certa vitória. Sendo assim, este passuk não é uma mera estratégia militar, mas sim uma garantia do sucesso nas guerras contra os povos que habitavam a terra de Israel.

            Da mesma forma como o povo confiou nessa promessa de Hashem, colocando esta lei em prática, quando iniciamos alguma empreitada em nossas vidas, temos de confiar que existem forças de lá de cima orientando nossos passos e nos direcionando ao sucesso. Não adianta sofrer por antecedência, apenas por não sabermos qual será o resultado. Temos de fazer a nossa parte e ter sempre o pensamento positivo, avançando um passo de cada vez, para assim triunfarmos nas guerras pessoais que enfrnetamos em nosso cotidiano.


Obs.: cada Parashá possui mais de um Dvar Torá. Você pode encontrá-los através dos marcadores no site, ou através da ferramenta de busca.

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